A legislação russa exige que as empresas que operam na Rússia armazenem dados pessoais dos usuários ou clientes em servidores locais, situados fisicamente no país. Muitas empresas estrangeiras, e até mesmo as locais, afirmam estar preocupadas com a lei, visto que a ideia é armazenar dados dos usuários em serviços de armazenamento na nuvem, que além de reduzir os custos, oferece maior segurança.
A lei funciona no país desde setembro de 2015 e havia sido aprovada um ano antes. Desde então, empresas como o Alibaba, AliExpress, Apple, Booking.com, eBay, Google, Twitter e Uber anunciaram que transferiram os dados dos usuários russos e começaram a coletá-los a partir de servidores localizados no país. Outras companhias ainda não conseguiram resolver o problema, mas anunciaram que possuem projetos para regularizar a situação.
O Roskomnadzor já conta com um histórico de bloqueio de serviços que não estavam em conformidade com a lei no país. O Linkedin foi suspenso em novembro de 2016 depois de não cumprir a determinação judicial por duas vezes. A suspensão aconteceu pouco mais de um ano após a lei entrar em vigor. No caso do Facebook, a repercussão pode se tornar muito mais acentuada do ponto de vista social e político. Sabendo disso, um conselheiro presidencial sobre assuntos de tecnologia tentou acalmar a situação afirmando que o Roskomnadzor ainda não possui planos concretos de banir o Facebook da Rússia.